CRISTIANISMO X CATOLICISMO – Parte 6

Batina Preta

Batina preta

Uma questão comum é: por que os padres se vestem de preto se Jesus não usava roupas pretas?

Nos tempos de Jesus, os sacerdotes judeus trajavam túnicas parecidas com a as atuais batinas, mas eram geralmente brancas, como símbolo de despojamento por ser uma roupa simples.

O clero cristão não se vestia diferente do povo comum até a chegada de Constantino. O clero usou a cor branca por muitos séculos. Parece que tal costume foi adotado do filósofo pagão Platão que escreveu que “a cor branca era a cor dos deuses”. Nesse aspecto tanto Clemente como Tertuliano (160-225) acreditavam que o colorido não se coadunava com Deus.

Quando Constantino transladou sua corte para Bizâncio e a renomeou Constantinopla no ano 330 d.C., gradualmente a vestidura romana oficial foi adotada pelos sacerdotes e diáconos. Agora o clero era identificado por vestir-se com a roupa dos oficiais seculares romanos. Enquanto o povo ia se adaptando a vestimentas mais modernas, os sacerdotes mantinham os trajes considerados mais “civilizados” (romanos) quando comparados às roupas modernas.

No século IV, quando começaram a se formar os primeiros monastérios no deserto, os místicos trajavam túnicas de cores que os identificavam. O preto, símbolo da morte para o mundo e da renúncia, foi adotado por muitos.

No século XI, quando o papa Gregório VII passou a exigir o uso da batina, a cor preta já era habitual dos padres. Na ocasião, o papa regulamentou o emprego de cores segundo a hierarquia do clero. Em 1962, a batina preta deixou de ser obrigatória.

Sobre Maurício M. Vilela

Espírita desde a adolescência, tenho tentado estudar o suficiente para saber separar o joio do trigo.
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